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Altostratus

Trabalho feito por: Ana Fontenelle e Lucas Augusto Soares

Descrição

Altostratus (As) são nuvens médias com aspecto de camadas cinzentas ou azuladas que se extende por uma grande área. Encobrem o Sol e a Lua, mas não formam halos. Em algumas partes podem ser finas a ponto de o Sol ser visto, como através de um vidro fosco.
São compostas por gotículas de água e cristais de gelo. Situam-se geralmente entre 2000 e 7000 metros.
São formadas em condições de estabilidade, com umidade moderada e temperatura relativamente alta. Costumam anunciar frentes quentes e apresentam precipitação fraca.
Podem apresentar 7 variedades:
·         Opacus: quando a camada de nuvem é grossa o suficiente para tapar o sol ou a lua, Às vezes apresentam mammatus em sua estrutura;
·         Translucidus: quando é suficientemente fina para podermos ver os contornos do sol ou da lua;
·         Duplicatus: quando há mais do que uma camada em diferentes altitudes, situadas em níveis próximos e às vezes parcialmente misturadas;
·         Undulatus: são manchas ou camadas dispostas em faixas. Elas têm uma aparência ondulada devido ao cisalhamento de vento. Ocasionalmente, elas formam duas ou mais formas de onda sobrepostas umas sobre as outras.
·         Radiatus: quando as ondulações parecem convergir em comprimento para o horizonte ou, quando as faixas atravessam inteiramente o céu, para dois pontos opostos do horizonte, chamados "pontos de radiação";
·         Virga: é quando os cristais de gelo ou as gotículas de água não conseguem mais se sustentar e caem em forma de vírgula, sem atingir o solo.
·         Praecipitatio: é quando a precipitação que algumas Altostratus produzem atinge a superfície terrestre.

Exemplos dos tipos de nuvens. - http://tempojoaopessoa.jimdo.com/nuvens/altostratus/

 Dia analisado


Figura 1:Nuvem alto cumulus fotografada no dia 18 de agosto de 2015 às 18 UTC no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP). Acervo pessoal: Lucas Augusto.
Figura 2: Nuvem alto cumulus fotografada no dia 18 de agosto de 2015 às 18 UTC no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP). Acervo pessoal: Lucas Augusto.

Figura 3: Nuvem alto cumulus fotografada no dia 18 de agosto de 2015 às 18 UTC no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP). Acervo pessoal: Lucas Augusto.

Identificação por Satélite


A identificação desse tipo de nuvem é feita da seguinte maneira:

  • Canal do Visível (Figura 4): vai apresentar brilho intermediário, ou seja, não será muito brilhante. A textura é fibrosa e como costuma estar associada a altocumulus podemos procurar uma região de mesmo brilho, mas com aspecto granular.

  • Canal do Infravermelho (Figura 5): Não apresenta muito brilho, indicando que o sistema não é muito frio. 

  • Canal do Vapor d'água (Figura 6): Apresenta valores intermediários de vapor d'água, indicados pela coloração cinza clara.
Figura 4: Imagem de satélite para o dia 18 de agosto de 2015 às 18H30 UTC no canal do visível, com destaque para a região sudeste do Brasil. Fonte:  CPTEC

Figura 5: Imagem de satélite para o dia 18 de agosto de 2015 às 18H30 UTC no canal do infravermelho, com destaque para a região sudeste do Brasil. Fonte:  CPTEC

Figura 6: Imagem de satélite para o dia 18 de agosto de 2015 às 18H30 UTC no canal do vapor d'água, com destaque para a região sudeste do Brasil. Fonte:  CPTEC


Análise das Condições Atmosféricas

Para a análise das condições atmosféricas foram usados dados de SYNOP, Metar e radiossondagem, indicados pelas tabelas abaixo:


METAR:
Tabela 1: Dados do metar da estação localizada no aeroporto de Guarulhos (SBGR). Fonte: Ogimet

Tabela 2: Dados do metar da estação localizada no aeroporto de Campo de Marte (SBMT). Fonte: Ogimet

Tabela 3: Dados do metar da estação localizada no aeroporto de Congonhas (SBSP). Fonte: Ogimet

SYNOP:

Tabela 4: Dados do  SYNOP. Fonte: Ogimet

Dados da estação Meteorológica - IAG/USP:


Tabela 5 : Dados da estação meteorológica do IAG/USP
Radiossondagem:
Figura 7: Radiossondagem do dia às 12 UTC. Fonte: University of Wyoming.


Índices de instabilidade:
:
Tabela 6 : Índices de instabilidade fornecidos pela radiossondagem. Fonte: University of Wyoming.

Análise das Condições Sinóticas com GFS:

Figura 8: Campo de altura geopotencial e vento no nível de 250 hPa. Fonte: script fornecido por Rita Ynoue e dados do GFS.
Figura 9:  Campo de altura geopotencial e vento no nível de 500hPa. Fonte: script fornecido por Rita Ynoue e dados do GFS.
Figura 10:  Campo de altura geopotencial, temperatura e vento no nível de 850 hPa. Fonte: script fornecido por Rita Ynoue e dados do GFS.
Figura 11: Campo de vento em 1000 hPa, espessura entre os níveis de 500 e 1000 hPa e pressão reduzida ao nível médio do mar. Fonte: script fornecido por Rita Ynoue e dados do GFS.

  Em 250 hPa vemos o Jato Subtropical, em vermelho, entre 15°S e 25°S, o ramo norte do Jato Polar, em laranja, entre 35°S e 45°S e o ramo sul do Jato Polar, em amarelo, entre 50°S e 60°S, próximo a linha do equador temos três grandes altas.

Em 500 hPa  temos uma região de altas que cobre boa parte do Brasil e se estende pelo oceano Atlântico, mais ao sul um grande cavado, tracejado em amarelo, que começa em 25°S e vai até 60°S.
Em 850 hPa as altas estão deslocadas para o sul e separadas por uma pequena baixa, o cavado está deslocado para o leste e uma grande crista vai do centro-oeste do Brasil até o oceano.
Em 1000 hPa temos três frentes, uma no centro da Argentina, outra mais no sul e outra entre o Paraguai e o Brasil, está ultima provavelmente trazendo umidade para o estado de São Paulo. Há também duas grandes regiões de alta.


Para a análise da nuvem foram produzidas as imagens abaixo mostradas: 
Figura 12: Perfil vertical de umidade especifica (g/kg) , na vertical estão os valores da pressão (hPa).
Figura 13: Perfil vertical de temperatura (K), na vertical estão os valores da pressão (hPa).
Figura 14: Campo de temperatura (°C) e umidade (g/kg) no nível de 500 hPa.
As figuras 12 e 13 mostram como a umidade e a temperatura variam com a altura, indicada pela pressão atmosférica. Nota-se que no perfil vertical de umidade que existe um máximo em 800 hPa, indicando a nuvem. Pela evolução vertical da temperatura, não há muito o que concluir.

Com relação a figura 14, vemos que há um aumento de temperatura mais ao norte e também uma diminuição de umidade para o leste, isso indica uma massa de ar fria e úmida se deslocando para o leste, condições que promovem o levantamento de umidade para médias altitudes formando nuvens do tipo altostratus.

Referências










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